
A natureza é como o homem, e tem dois aspectos: externo e interno corpo e alma. A natureza ou o corpo é a parte ou reflexo visível do interno invisível.
Em nosso corpo, como na natureza, existem certos elementais ou mentalidades, chamadas espíritos do fogo, da água, do ar e da terra. Estes são os deuses do primeiro versículo do Gênese, que formaram o Céu e a Terra, e a contraparte mais sutil da Natureza inferior, e densa. Eles possuem muitos ensinamentos que darão ao aspirante, aumentando sua percepção e sensibilidade.
Nos joelhos do homem existe um centro que treme e faz tremer as pernas, por medo. Deve-se fortalecer este centro com o vigor elementar, para poder entrar na contraparte sutil da natureza, e deve limpar-se e purificar-se, para deixar de ser repulsivo aos Princípios Elementais.
Com o exercício e o valor heróico nos são abertas as portas da natureza Interna, e nos encontramos com os elementais e os elementários.
Nesta atmosfera não se pode pedir nada de mau à natureza. Já não existem dimensões. Contempla-se o número, e não o fenômeno. Concebe-se a causa, e não o efeito, e pode-se passar de um estado denso a outro sutil.
Quando se viaja conscientemente, sem o corpo, chega-se a alcançar a consciência da Mãe Natureza, e o homem volve a governar os elementais. Neste estado, já se pode aprender muitas fórmulas secretas dos elementais e da Magia Elemental, com as quais se pode manipular a substancia mental, provocando ilusões que o mundo consideraria milagres. Enganar a visão é um deles.
Estes seres elementais são os anjos de todas as religiões, e são eles os que encarregam de propagar a bela obra do homem e o pensamento virtuoso, para que cheguem a toda gente e seja conhecido por todos.
Todos os verdadeiros artistas são amigos dos elementais; sem embargo, santos e pecadores têm logrado entrar no mundo elemental. Os ignorantes buscarão instruções que os capacitem também a dominar os elementos inferiores.
Os profetas profetizaram desde este mundo ou esfera.
Os seres impessoais penetram facilmente nesses domínios, porque a natureza retrocede ante os seres egoístas. Deve-se imitar a mãe natureza com altruísmo, para receber todas as suas riquezas.
Todo governante deve aliar-se com a natureza, para seguir dominando-se e governando. Muitos querem riqueza primeiro, para dedicar-se, mais tarde, ao estudo, coisa que se tornará impossível. Todo excesso de posses elimina a pureza e a singeleza da vida, acumula paixões e desejos, que escravizam o cérebro do homem e o aparta de sua soberania na parte superior da natureza.
Também os elementais repudiam aos cruéis, e em geral, aos que buscam a destruição da vida. Os matadores de animais recebem certas descargas atômicas, que lhos impedem o desenvolvimento mental.
Os elementais conhecem o homem por sua luz, e se existe abundante, eles o obedecem com alegria e o protegem; estes são os magos natos. Também há magos de natureza inferior, amparados pelos elementares inferiores, malignos, que provocam apetites anormais nas mentes humanas.
As raças recebem suas ciências e suas artes de seus elementais.
O elemental pode apresentar-se com a vestidura que desejar, e imitar o ser que o agrada. Pode dar ensinamentos, vedados aos átomos inferiores, aos homens que merecem a entrada em seus mundos
Com a ajuda destes seres, pode-se ver a função interna do órgão físico, e como a mente funciona em oposição ao desejo.
Protegem os homens do mal alheio. Em várias ocasiões, temos presenciado seres que descrevem uma enfermidade interna do paciente, sem tocar-lhe, e, outras vezes, à distancia, através de algum objeto que lhe pertença.
Dentro do corpo físico existem departamentos, onde os elementais ensinam ao aspirante sua maneira de formar os objetos, manipulando as substancias mentais, para convertê-las em formas de inefáveis belezas, em todos os reinos da natureza, desde o mineral até o anjo.
(copiado do livro Mestre Maçom e seus Mistérios de Jorge Adoum)